O dia em que os Super-Heróis me deram um soco no queixo.
Provavelmente esse título fara vocês leitores (?) rirem, mas não utilizei este mesmo termo por deboche; Nem mesmo para quebrar o gelo da seriade do post a seguir.
O motivo Do título foi Uma metáfora, O soco ao que me refiro é O momento em que comecei a enxergar os quadrinhos não somente como algo juvenil e descartável. vou descrever o exato momento em que Uma história em quadrinhos me Passou um sentimento.
Marvels Mini-série em 4 edições escrita Por Kurt Busiek e Desenhada pelo excelente Alex Ross lançada em 1994.
Essa mini-série tinha o propósito de mostrar os (até os anos 90) 30 anos de cronologia da marvel nas vistas de um cidadão comum, mais precisamente um repórter chamado Phil Sheldon. E nessa passagem de tempo acompanhamos também sua vida.
Mas não quero falar sobre toda a mini-série e sim sobre a Segunda Edição (a capa dessa edição é esta logo abaixo do título) essa edição mostra à seu leitor toda a selvageria causada pelo chamado "terror mutante". as pessoas atacam mutantes somente pelo fato de serem diferentes. enquanto isso as filhas de phil dizem alimentar um cachorro de rua e que elas o deixam no porão de casa.
Phil também Começa a ser anti-mutante, temendo o desconhecido. um dia voltando pra casa uma multidão com tochas e garfões digna de uma perseguição à frankeinstein vem em sua direção dizendo ter achado um mutante na vizinhança preocupado ele se apressa à chegar em casa.
Eis onde a cena mais emocionante de toda mini-série começa:
O cachorrinho alimentado pelas crianças é uma menina mutante que foi expulsa de casa pelos pais.
Uma criança expulsa pelos pais! Pelo fato de ser diferente,Isso realmente me deixou com o coração na garganta, a realidade que o roteiro bem conduzido e a arte magnífica passam, me fez engolir em seco e continuar a leitura com meu coração apertado
Um belo dia Phil está voltando para casa quando Bolivar Trask( Inimigo de Charles xavier e perseguidor de mutantes) aciona um ataque anti-mutante em Nova York alarmando mais ainda as pessoas. começa uma grande revolta. Um verdadeiro caos, pessoas quebravam prédios, vidraças e se degladiavam como se fóssemos Selvagens da era das cavernas.
Phil corre Para casa com medo que tivessem achado a menia. que tivessem machucado suas filhas e sua esposa. cada quadrinho percorrido aflige quem está com o olho grudado na página.
Até que finalmente Chegamos ao desfecho:
Na primeira vez que li isso Me senti tão pequeno e incapaz de ajudar. A pequena menina foi embora e jamais saberíamos o seu paradeiro. mais tarde li Marvels de Novo e foi a primeira vez que chorei por qualquer coisa que não seja a dor ou a tristeza do mundo real. eu estava crescido. compreendia melhor e para piorar, tinha duas irmãs mais novas. a imagem de uma criança da idade delas à solta num mundo que só iria machuca-la consegiui penetrar dentro de um coração quase de pedra como o meu.
Geralmente deixo mensagens no final de cada momento cultural. não tenho nada a dizer sobre este... somente que jamais devemos fazer mal ao semelhante idependente de sua aparência, cor, credo ou religião.
6 comentários:
Mano, senti uma lágrima escorrer do meu olho esquerdo.
Marvels é muito perfeito!
Uma ótima mensagem, mas que quase ninguém dá a mínima, como dizem: é apenas revista em quadrinhos.
É triste, mas é a verdade, pessoas como essas existem ;(
O post é triste, e a imagem realmente me balançou :/
Mas como sempre, expressas tudo muito bem, consegui captar o que querias mostrar :)
♥
hsauhsuahsuahsuah' Tu és muito chato e chorão!
Mas valeu a insistência. =)
Roberto diz: Comentem meu Blog... Comentem o Casa de Babel.
Esse Post me surpreendeu. Ainda não tinha lido algo assim teu. (Não acompanho a muito tempo). Mas parece que esse teve outra linha. Geralmente, teus posts são mais 'secos', técnicos e primam pela informação, esse tá diferente. Deixou um pedaço de ti no texto e foi legal.
A historinha é triste né? Mas o que se tira dela é muito humano...
Gostei!
Ahh, sim!
Comentem no Casa de Babel!
Esse menino é muito tolo. --'
Fiquei impressionada com o trecho que o Phil relembra os prisioneiros de Auschwitz e faz a relação com os olhos da pequena menina mutante. Foi a parte que me tocou e que quase me fez chorar, admito. De resto, gostei de ler o seu relato sobre as emoções que essa história te causou e de ver você falando das suas irmãs. :)
Parabéns, Roberto.
(Sobre o teu comentário no meu blog: fique sabendo que os seus olhos, para mim, falam mais do que tu imaginas)
Beijos.
Cara, vc é o mesmo Roberto(bocão) que morou no Rio Sena em Belem?
flw
não sou eu não. danielarsie
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